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Dinheiro em Penca

Miúcha & Tom Jobim, Antonio Carlos Jobim, Chico Buarque2002年3月15日

Dinheiro em Penca 歌詞

Dinheiro em Penca - Miúcha/Antonio Carlos Jobim (安東尼奧·卡洛斯·喬賓)/Chico Buarque

Written by:Tom Jobim

O mati é passo preto

 

Ele é muito tapereiro

 

Ele canta por amor

 

Eu só canto por dinheiro

 

No seu canto tem valor

 

No meu canto tem vinté m

 

Ele geme a sua dor

 

Eu n o choro por ningué m

Ningué m sabe ir pelo catumbi

Ningué m sabe ningué m sabe

Eu casei com ela

Fiz um filho nela

Bati muito nela

Fui feliz com ela

 

Se o santo cai do andor

 

E o barro cobre o ladrilho

 

Quem roubou o meu amor

 

E me escondeu do meu filho

 

Renda de filó

Carretel de linha

Jorro de cascata

Canja de galinha

Sino de belé m

Mofo de farinha

Vou cantar agora

Uma prenda minha

 

O mati ao meio dia

 

Tá piando no soleiro

 

Ele canta no estio

Eu debaixo do chuveiro

 

Ele mora no sert o

 

Eu no rio de janeiro

 

Ningué m sabe ir por andaraí

Ningué m sabe ningué m sabe

Se o peito guarda rancor

O raio pisca o seu brilho

Do porto sai o vapor

Da vaca sai o novilho

 

Tem gente que faz favor

Pamonha é feita de milho

 

Quem roubou o meu amor

 

E me escondeu do meu filho

 

Fé de avó

Praga de madrinha

La o de gravata

Bando de rolinha

Sorte de repente

Jura de modinha

Vou cantar agora

Uma prenda minha

 

Eu fui lá na grota funda

 

Avistar meu feiticeiro

 

Fiquei bom do reumatismo

E ganhei muito dinheiro

 

Melhorei do meu cansa o

E ganhei muito dinheiro

Ningué m sabe ir pelo buriti

Ningué m sabe ningué m sabe

Se o cheiro muda de cor

O nego puxa o gatilho

A lucidez sai da dor

O trem de ferro do trilho

Se o vento liga o motor

E a morte presta um auxí lio

Quem roubou o meu amor

 

E me escondeu do meu filho

 

Rede de cipó

Lata de sardinha

Porta de al ap o

Ceva de tainha

Bolha de sab o

Sopa de letrinha

Bucha de bal o

Papo de cozinha

 

Meu padrinho quando mo o

Era muito fazendeiro

Tirou ouro do sert o

 

Foi gastar no estrangeiro

 

O dinheiro da boiada

Transferiu pro estrangeiro

Ningué m sabe ir pelo piauí

Ningué m sabe ningué m sabe

O avi o salta do ch o

O padre sai do retiro

O acaso faz o ladr o

Da espingarda parte o tiro

 

Do verso nasce a can o

Do sert o meu estribilho

 

Quem roubou o meu amor

 

E me escondeu do meu filho

 

Medo de ladr o

Noite de arrepio

Boca de fog o

Casco de navio

Pipa de papel

Bem te vi no cio

Corda de reló gio

Bomba de pavio

 

Tive lé guas e mais lé guas

Muito gado cafezais

 

Sesmarias mata virgem

 

Onde a vista já n o vai

 

Extens o de terra roxa

 

Ia até o paraguai

 

Tive até um burro preto

Que vov deu pro papai

 

Eu també m já tive um tio

 

Que virou velho gaiteiro

 

Que gostava de mulher

 

Como eu gosto de dinheiro

 

Era louco por mulher

Eu me amarro no dinheiro

 

Fui mascate no sert o

 

Caminhei o norte inteiro

 

Vendi grampo a presta o

 

Guarda chuva em fevereiro

 

Até hoje estou esperando

A remessa do dinheiro

 

O mati é passo preto

 

De janeiro até janeiro

Ele casa no ver o

 

Eu namoro o ano inteiro

 

O mati já tem neto

 

Eu ainda t solteiro

 

Ele voa em liberdade

Inda t no cativeiro

 

E voou pra imensid o

 

Eu ainda prisioneiro

 

Canta curió

Canta coleirinho

Sabiá da mata

Garnizé de ninho

Terra de nigué m

Vira o marinha

Vou cantar agora uma prenda minha

 

Uma vez em nova york

Liguei pro meu feiticeiro

Que atendeu o telefone

Lá no rio de janeiro

 

Eu ent o falei pra ele

Procurar meu macumbeiro

 

Pra avisar pro pai de santo

Pra arranjar algum dinheiro

Pra pedir pro delegado

Pra soltar meu curandeiro

Ao doutor seu delegado

Pra soltar meu curandeiro

Mas o tal telefonema

Lá se foi o meu dinheiro

 

Sunga de lagarto

Dente de galinha

Sovaco de cobra

Pena de tainha

Asa de tatu

Jura de maria

Grito de minhoca

 

Rabo de cotia